sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Meu Deus, não aguento mais este cara


A Câmara Brasileira do Livro tem de correr. A próxima edição do Prêmio Jabuti Que Dá em Árvore tem de incluir a categoria “Gibi”. Por quê? A Editora Sarandi, cujo principal cliente é o Ministério da Educação, do qual o chefe é Lula, acaba de lançar a vida do companheiro em quadrinhos. O texto, informa o Estadão Online, é de Toni Rodrigues, autor dos livros infantis, e os desenhos, do argentino Rodolfo Zalla.
A Sarandi arranjou um bom pretexto para transformar Lula em personagem de gibi: o lançamento da coleção “História do Brasil em Quadrinhos”. Faz sentido. Quando estepaiz começou? No dia 1º janeiro de 2003. Quem realmente o descobriu como nação? O Babalorixá de Banânia! Quem é o maior brasileiro de todos os tempos? O Demiurgo de Garanhuns! Depois, a editora certamente falará de uma ou de outra personagens de nossa pré-história.
Não há qualquer interesse em disfarçar o caráter, digamos, oficialista do negócio. A saga termina afirmando que o futuro de Lula ainda é uma página em branco, sugerindo, quem sabe?, a sua volta. No arremate, uma mensagem do próprio “hagiografado”, tratando a si mesmo como um símbolo do povo brasileiro. Recorre-se aos quadrinhos, uma linguagem supostamente mais próxima dos jovens, para tudo terminar na cascata política autopromocional de sempre.
Foram impressos 37 mil exemplares, a R$ 4,50 cada. Talvez os petistas se encarreguem de esgotar algumas edições. Na última vez em que se decidiu transformar Lula em “produto cultural”, o resultado foi um fiasco: o filme “Lula, O Filho do Brasil”. O título do gibi segue a pegada da megalomania nacionalista: “Luiz Inácio Brasileiro da Silva”. Um destaque na capa avisa ou adverte: “Com uma mensagem do presidente Lula para você”.

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